Combater o abandono e a solidão dos idosos em situação de ageing in place («envelhecer em casa e na comunidade») e contribuir para o bem-estar e saúde mental é o objetivo deste experimento social, que será registado num filme documental pensado para os circuitos internacionais de cinema, como forma de disseminação. Num projeto-piloto, jovens voluntários “adotam” um sénior em situação de abandono criando uma ponte entre gerações. Será desenvolvido um conjunto de ações que valorizam os conhecimentos seniores e promovem a partilha entre “miúdos e graúdos”.

Partindo do perfil multicultural do concelho de Cascais, o GeraSol pretende ainda contribuir para resgatar o conceito de velhice de algumas civilizações, como a africana ou asiática, onde os conhecimentos dos mais velhos são encarados como algo precioso que tem de ser preservado. Uma mudança urgente num contexto de envelhecimento do planeta. A OMS calcula que em 2050 quase um quarto da população mundial terá mais de 60 anos, uma percentagem que na Europa rondará os 35%.

Portugal está entre os países mais envelhecidos do mundo e segundo o relatório, de 2021, da OMS entre 20 a 34% das pessoas idosas na China, Europa, América Latina e EUA sofrem de solidão. O isolamento social e a solidão abreviam a vida dos idosos e prejudicam a sua saúde física e mental, bem como a sua qualidade de vida. A implementação de ações “um para um”, como é o caso do GeraSol, é uma das soluções apontadas pela OMS para o decréscimo desta tendência.

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